O primeiro post é sempre mais difícil. A preocupação em criar algo inovador, criativo, atrativo e com conteúdo profundo sobre as raízes da cultura paulistana. Mas que raízes seriam essas? Onde encontrar respostas? Como transformar dados históricos em material de leitura dinâmica e participativa em tempos de google? Como chamar a atenção para nosso blog num mundo farto, diríamos mesmo, saturado, de postagens de interesse individual, exibicionismo, análises rasas? Tarefa difícil e por isso mesmo, deliciosa, mesmo se de grande responsabilidade. Mas a coisa é essa mesmo. Decidimos ter o tema como foco de estudo justamente por achar que São Paulo tem que dar a cara a tapa, mostrar ao que veio, e de onde veio. Somos a capital da cultura, das grandes exposições, e no entanto, calamos ao sermos questionados sobre nossa cultura de raiz. Quantas vezes nos deparados com caras de assombro: São Paulo tem samba? São Paulo tem índio? São Paulo teve pelourinho? Sim. Sim. Sim. Graças aos bons anônimos que sempre constroem a riqueza de uma cidade, de uma aldeia, de várias aldeias entrecortadas que se unem, se influenciam, se consomem. Cidade de povos caipiras. Cidade do dinheiro. Cidade marginal. Cidade subalterna. Cidade de palha. Cidade de Mário. De João. De Marias. Cidade de todos os dias. Cidade onde filho chora e mãe não vê. Cidade de todas as mães. Cidade da garoa. Garoa Paulistana!
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Apresentação
O primeiro post é sempre mais difícil. A preocupação em criar algo inovador, criativo, atrativo e com conteúdo profundo sobre as raízes da cultura paulistana. Mas que raízes seriam essas? Onde encontrar respostas? Como transformar dados históricos em material de leitura dinâmica e participativa em tempos de google? Como chamar a atenção para nosso blog num mundo farto, diríamos mesmo, saturado, de postagens de interesse individual, exibicionismo, análises rasas? Tarefa difícil e por isso mesmo, deliciosa, mesmo se de grande responsabilidade. Mas a coisa é essa mesmo. Decidimos ter o tema como foco de estudo justamente por achar que São Paulo tem que dar a cara a tapa, mostrar ao que veio, e de onde veio. Somos a capital da cultura, das grandes exposições, e no entanto, calamos ao sermos questionados sobre nossa cultura de raiz. Quantas vezes nos deparados com caras de assombro: São Paulo tem samba? São Paulo tem índio? São Paulo teve pelourinho? Sim. Sim. Sim. Graças aos bons anônimos que sempre constroem a riqueza de uma cidade, de uma aldeia, de várias aldeias entrecortadas que se unem, se influenciam, se consomem. Cidade de povos caipiras. Cidade do dinheiro. Cidade marginal. Cidade subalterna. Cidade de palha. Cidade de Mário. De João. De Marias. Cidade de todos os dias. Cidade onde filho chora e mãe não vê. Cidade de todas as mães. Cidade da garoa. Garoa Paulistana!
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Entrevista com o professor Dennis de Oliveira
A cultura subalterna constrói trajetórias de sobrevivência para ter seu espaço. Vinda das classes excluídas do poder, resiste à hegemonia e seu único objetivo é a humanização.
Como em São Paulo tem de tudo, garoa, samba, religião e história, tem também cultura subalterna. Apesar da mestiçagem tão comum à cidade, as produções de cultura subalterna têm um ponto em comum: o verdadeiro turbilhão que as move, que destrói e constrói, que encanta e desencanta.
Para saber mais sobre este tema apaixonante, ouça a entrevista do professor Dennis de Oliveira, doutor em Ciências da Comunicação pela USP e coordenador do curso de especialização em Mídia, Informação e Cultura da mesma universidade.
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